O governo anunciou, nesta terça-feira, 18, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil. A medida pode beneficiar mais de 26 milhões de brasileiros. No entanto, ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. Caso a proposta entre em vigor, cerca de 10 milhões de contribuintes deixarão de pagar o imposto.
Quem será beneficiado e como vai funcionar?
Atualmente, estão isentos do Imposto de Renda apenas aqueles que ganham até R$ 2.824 por mês. Com o novo limite, trabalhadores com salários de até R$ 5 mil deixarão de ter descontos na folha de pagamento. Isso significa que o valor líquido recebido no fim do mês será maior.
Para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, haverá um desconto parcial. Esse abatimento será reduzido de forma progressiva conforme a renda aumenta. O Imposto de Renda é cobrado diretamente nos salários e ajustado anualmente na declaração.
A proposta ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. Se passar, a nova isenção valerá a partir de 2026. Portanto, não afetará as declarações de 2025.
Impacto na arrecadação e compensação do Imposto de Renda
A mudança pode reduzir a arrecadação do governo em R$ 27 bilhões em 2026. Para compensar, a equipe econômica propõe um novo imposto sobre os mais ricos. A nova alíquota atingirá aqueles que ganham mais de R$ 50 mil por mês. Para quem recebe acima de R$ 1 milhão por ano, a taxa extra pode chegar a 10%.
A expectativa do governo é que o projeto seja aprovado sem dificuldades. Isso porque tanto a base governista quanto parte da oposição defendem a isenção para a classe média. No entanto, o aumento da tributação sobre os mais ricos pode gerar resistência no Congresso.
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