A freira brasileira Irmã Inah Canabarro Lucas, de 116 anos, foi oficialmente reconhecida como a mulher mais velha do mundo. O feito foi confirmado pelo LongeviQuest, um grupo internacional de especialistas na pesquisa e no mapeamento de centenários. O marco veio após o falecimento da japonesa Tomiko Itooka, que também tinha 116 anos, mas nasceu 16 dias antes de Irmã Inah.
Uma trajetória marcada pela fé e pela história
Nascida em 27 de maio de 1908, em São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul, Irmã Inah faz parte da Congregação de Santa Teresa de Jesus desde os 19 anos. Atualmente, ela vive em Porto Alegre, onde segue como uma inspiração para sua comunidade religiosa e para aqueles que acompanham sua trajetória de vida.
Descendente de uma família com forte ligação histórica, Irmã Inah é parente do General Canabarro, um dos líderes da Revolução Farroupilha (1835-1845), um dos principais movimentos de resistência no Brasil Imperial. A longevidade de Irmã Inah a coloca como testemunha viva de um século de profundas transformações sociais, políticas e culturais.
Entre as curiosidades sobre sua vida, destaca-se sua paixão pelo futebol. Embora o Grêmio já tivesse cinco anos de existência quando ela nasceu, sua torcida vai para o Internacional, clube fundado 11 meses após seu nascimento. Esses detalhes reforçam sua conexão com a história e com as raízes culturais do Brasil.
Longevidade no Brasil: o homem mais velho do mundo também é brasileiro
Além de Irmã Inah, o Brasil abriga o homem mais velho do mundo. João Marinho Neto, um cearense de 112 anos, foi reconhecido pelo Guinness World Records após o falecimento do britânico John Tinniswood. João completou 112 anos e 52 dias na cidade de Apuiarés, no Ceará, onde reside atualmente.
Esse reconhecimento ressalta a importância do Brasil no cenário global da longevidade. Tanto Irmã Inah quanto João Marinho Neto simbolizam a força e a vitalidade de uma geração que atravessou décadas de mudanças e desafios, mantendo suas histórias vivas para inspirar futuras gerações.
A trajetória da freira brasileira, agora a mulher mais velha do mundo, representa não apenas a resistência do corpo e da mente, mas também a influência da fé, da comunidade e do legado familiar na busca por uma vida longa e plena.