No último domingo, 14, a Força Aérea da Venezuela interceptou uma aeronave com matrícula brasileira após o veículo invadir o espaço aéreo do país vizinho. Segundo as autoridades locais, o piloto morreu após realizar um pouso forçado. O general Domingo Hernández Lárez, comandante operacional das Forças Armadas venezuelanas, relatou nas redes sociais que o avião entrou no país em voo baixo, desligou o localizador e ocultou suas matrículas.
A resposta militar foi rápida, com um caça F-16 sendo enviado para escoltar a aeronave invasora. O piloto, no entanto, tentou manobras evasivas, resultando em um pouso forçado em uma plantação nas proximidades de Turén, no estado de Portuguesa.
“Ao lado da aeronave foi encontrado um tripulante morto e vestígios criminais, incluindo um passaporte mexicano e uma licença de voo norte-americana, além de materiais que vinculam a aeronave ao narcotráfico”, afirmou Lárez.
Aeronave brasileira e suspeita de narcotráfico
A aeronave interceptada era um Piper Seneca 2, com matrícula PR-RP, que indica sua origem brasileira. Aviões brasileiros são identificados pelas letras PT, PP, PU ou PR. O uso de matrículas clonadas para atividades ilícitas é uma tática comum entre grupos criminosos, o que levanta suspeitas sobre a verdadeira natureza da operação.
Este incidente destaca a crescente preocupação com o uso do espaço aéreo por atividades ilícitas e a vigilância reforçada das autoridades venezuelanas. A interceptação e a subsequente descoberta de materiais vinculados ao narcotráfico sublinham os desafios enfrentados na luta contra o tráfico de drogas na região.
A rápida resposta da Força Aérea venezuelana demonstra a prontidão das forças armadas do país em proteger seu espaço aéreo e combater atividades criminosas transnacionais. Este episódio ressalta a importância da cooperação internacional e da vigilância contínua para garantir a segurança aérea e combater o narcotráfico.