Em entrevista à Folha, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a única forma de impedir a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro é evitar a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. “Não reeleger Lula é o que vai salvar o Brasil e vai salvar o meu pai da prisão”, disse. Ele reforçou ainda que sua candidatura à Presidência é “irreversível”.
O senador declarou que não pretende abrir mão da disputa em favor de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Segundo Flávio, não existe cenário em que ambos sejam candidatos. “Seria uma ignorância muito grande. E ignorante é tudo o que o Tarcísio não é”, afirmou.
Para ele, o apoio do pai pesa mais do que articulações partidárias. “Sou candidato até o final para honrar meu pai.”
Flávio disse também que pretende seguir uma linha econômica inspirada em Paulo Guedes. Ele afirmou que já iniciou conversas com o ex-ministro. “Guedes é um conselheiro importante”, declarou. A meta, segundo ele, é retomar o controle dos gastos públicos e fixar limites para a relação dívida/PIB.
O senador buscou marcar diferenças em relação ao ex-presidente. Ele afirmou que representa uma versão “mais moderada” do bolsonarismo. “Tenho os mesmos princípios, mas sou diferente. Ele não quis tomar vacina; eu tomei duas doses”, afirmou. Mesmo assim, disse ver vantagem no peso eleitoral do sobrenome. “Qualquer candidato que tenha o nome Bolsonaro já parte de um piso alto”, avaliou.
Flávio disse ainda que, se não tiver apoio do Centrão, pretende disputar a Presidência com o PL. “Vou com o povo. Óbvio que quero mais partidos comigo. Mas meu nome está colocado e não tem volta”, afirmou.
Sobre questionamentos ligados a investigações antigas, como o caso das “rachadinhas”, o senador afirmou não esperar desgaste. “Essas coisas estão todas arquivadas. Nunca tive processo criminal aberto por causa disso”, disse.
A entrevista completa foi publicada pela Folha.
