Faustão voltou à sala de cirurgia nesta quarta-feira, 7. O apresentador, de 75 anos, recebeu um fígado e passou por um retransplante de rim no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Os dois órgãos vieram do mesmo doador e foram liberados pela Central de Transplantes do Estado.
Desde 2023, Faustão já passou por quatro transplantes: primeiro o coração, depois um rim e agora um fígado e outro rim. Ele está internado desde maio, após uma infecção bacteriana grave que evoluiu para sepse.
Prioridade na fila
No Brasil, a fila de transplantes é única para pacientes do SUS e da rede privada. A ordem leva em conta o tempo de espera, mas também critérios como gravidade da doença, tipo sanguíneo, porte físico e compatibilidade genética. Quando o quadro clínico é crítico, como no caso do apresentador, a prioridade é imediata.
O Ministério da Saúde afirma que o país tem o segundo maior programa público de transplantes do mundo. Em 2024, foram realizados mais de 30 mil procedimentos, sendo 85% pelo SUS. São Paulo responde por grande parte desses números. No ano passado, o estado registrou 9.537 cirurgias, incluindo rins, fígados, córneas e medulas ósseas.
Até agosto deste ano, 46,7 mil pessoas aguardavam por um órgão no país. Mais de 43 mil estão na fila do rim. O tempo máximo que um órgão pode ficar fora do corpo, chamado tempo de isquemia, também influencia a escolha do receptor. A distância entre doador e paciente pode definir o sucesso do transplante.