EUA oferecem recompensa milionária por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro

Os Estados Unidos elevaram a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro. O Departamento de Justiça anunciou uma recompensa de US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões) por informações que levem à prisão ou condenação do presidente venezuelano. A medida foi divulgada pela Administração de Repressão às Drogas (DEA), vinculada ao governo norte-americano.

Segundo o comunicado oficial, Maduro é acusado de narcotráfico, conspiração com o narcoterrorismo e apoio a redes criminosas. Ele também estaria envolvido no uso e transporte ilegal de armamentos. Para as autoridades americanas, o presidente atua como líder do chamado “Cartel de Los Soles”, grupo que teria ramificações dentro do governo da Venezuela.

Um cartaz com sua foto e o valor da recompensa foi publicado nas redes oficiais da DEA. Além de Maduro, os Estados Unidos buscam informações sobre Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa. Ambos também são apontados como integrantes do cartel.

Organização criminosa teria ligação com grupos como Tren de Aragua e Cartel de Sinaloa

Na última sexta-feira, 25, o governo dos EUA deu um novo passo. Classificou formalmente o Cartel de Los Soles como uma organização terrorista internacional. A acusação afirma que o grupo fornece apoio logístico e material a milícias e facções que ameaçam a segurança global. Entre os grupos citados estão o Tren de Aragua e o Cartel de Sinaloa.

O Departamento do Tesouro americano afirma que Nicolás Maduro e seus aliados usam a estrutura estatal para facilitar operações de tráfico. Embora o presidente negue envolvimento, a iniciativa reforça o isolamento internacional da Venezuela. Ao mesmo tempo, amplia a tensão entre Washington e Caracas.

O governo dos EUA mantém sanções contra Maduro desde 2019. Agora, com a recompensa, a estratégia se intensifica. A proposta visa incentivar denúncias e aprofundar as investigações sobre os vínculos entre o regime venezuelano e o narcotráfico internacional.