O dólar abriu esta segunda-feira (16) em forte alta, chegando a R$ 6,09. Para conter a valorização, o Banco Central realizou um leilão adicional de dólares, o que ajudou a aliviar a pressão sobre a moeda.
Na sexta-feira (13), o BC havia anunciado um leilão de linha, disponibilizando até US$ 3 bilhões com recompra programada para preservar as reservas internacionais. Porém, antes mesmo desse evento, a autoridade monetária promoveu um leilão à vista, injetando US$ 1,63 bilhão no mercado financeiro.
As ações do BC reduziram temporariamente a cotação para R$ 6,04, mas o dólar voltou a subir no fim da manhã. Às 11h15, a moeda americana registrava alta de 0,59%, sendo negociada a R$ 6,0701.
Mercado acompanha indicadores e cenário fiscal
Esta semana será marcada por divulgações econômicas importantes. O boletim Focus, publicado hoje, apontou revisões nas expectativas de inflação e juros. A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 4,89% em 2024, superando o teto da meta, de 4,5%.
Além disso, o mercado espera a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta terça-feira (17) e a definição das novas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) na quarta-feira (18). Na quinta, o Banco Central apresentará o relatório trimestral de inflação.
No cenário doméstico, investidores seguem atentos às discussões sobre o pacote fiscal do governo, que enfrenta resistências no Congresso Nacional, aumentando as incertezas econômicas.
Ibovespa oscila e registra queda
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, abriu o pregão em queda de 0,18%, operando aos 124.389 pontos às 11h15. Na sexta-feira, o índice recuou 1,13%, acumulando perda de 7,13% no ano.
Já o dólar acumula uma alta expressiva de 24,36% em 2024, refletindo pressões internas e externas, como a perspectiva de novas decisões do Fed e mudanças econômicas globais.
No exterior, a semana também é de expectativa. Nos Estados Unidos, os investidores aguardam a última decisão do Fed sobre a taxa de juros neste ano, com alta probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) indicou a possibilidade de novos cortes nas taxas de juros em 2025, caso a inflação continue desacelerando.