O Brasil registrou uma taxa de desemprego de 6,2% no trimestre encerrado em outubro, a menor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012. O dado foi divulgado nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Esse índice representa uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando a desocupação era de 6,8%. Comparado ao mesmo período de 2023, quando o desemprego estava em 7,6%, a redução foi ainda mais expressiva.
Contingente de pessoas sem trabalho no país foi estimado em 6,8 milhões, o menor número desde dezembro de 2014. Isso representa uma redução de 8% em relação ao trimestre anterior e de 17,2% na comparação anual.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, o resultado reflete uma recuperação gradual do mercado de trabalho após períodos adversos, como a recessão de 2015-2016 e os impactos econômicos da pandemia em 2020.
Recuperação pós-pandemia
“Recuperação pós-pandemia, principalmente em 2022, foi importante para reaquecer o mercado, superando até mesmo os melhores momentos registrados em 2013”, explicou.
A população ocupada atingiu um recorde de 103,6 milhões de pessoas, o equivalente a 58,7% da população em idade de trabalhar. O crescimento foi puxado pelos setores de indústria, construção e serviços, com destaque para confecção de vestuário, influenciada pela demanda de fim de ano.
Trabalhadores com carteira assinada somaram 39 milhões, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Já o número de empregados sem carteira foi de 14,4 milhões, com crescimento de 3,7% no mesmo período.A taxa de informalidade ficou em 38,9%, abrangendo 40,3 milhões de trabalhadores. Apesar da alta em relação ao trimestre anterior, o índice apresentou estabilidade comparado ao ano passado.
Esse rendimento médio habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.255, representando estabilidade no trimestre e um crescimento de 3,9% no comparativo anual. A massa de rendimentos atingiu R$ 332,6 bilhões, um aumento de 2,4% no trimestre e de 7,7% no ano.
Destaques da pesquisa:
- Taxa de desemprego: 6,2%
- População ocupada: 103,6 milhões
- Empregados com carteira assinada: 39 milhões
- Empregados sem carteira: 14,4 milhões
- Trabalhadores informais: 40,3 milhões