Desemprego cai a 5,4% e país registra menor índice da série histórica

Photo of author

By LatAm Reports Redatores da Equipe

O mercado de trabalho brasileiro encerrou o trimestre até outubro com um resultado histórico. A taxa de desemprego recuou para 5,4%, o menor índice desde o início da série do IBGE, em 2012. O movimento confirma uma tendência de melhora que já vinha aparecendo em meses anteriores e mostra que mais brasileiros estão ocupados, mesmo em um cenário econômico ainda marcado por oscilações.

Além disso, a população ocupada chegou a 102,6 milhões de pessoas, o maior número já registrado no país. Esse conjunto de dados reforça que a economia segue gerando vagas e absorvendo trabalhadores com ritmo consistente.

Os números revelam ainda que a população desocupada caiu para 5,9 milhões. Trata-se do menor contingente já observado. Embora a queda tenha sido modesta no trimestre, ela indica que o mercado segue aquecido. Assim, a diferença entre contratação e busca ativa por emprego ficou menor, o que reduz a pressão sobre os setores produtivos. Além disso, o rendimento médio avançou em comparação ao ano anterior, o que melhora a renda das famílias e sustenta consumo em diversas regiões do país.

Avanço na ocupação formal e aumento da renda impulsionam melhora no mercado de trabalho

Segundo o IBGE, o número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 39,18 milhões e registrou novo recorde. A alta confirma que a formalização segue crescendo. Além disso, o levantamento reforça os dados do Caged, que apontam a criação de mais de 1,8 milhão de empregos formais apenas entre janeiro e outubro. Esses resultados mostram que o mercado vem absorvendo trabalhadores de forma contínua, mesmo com diferenças regionais no ritmo de expansão. Dessa forma, o país alcançou o maior estoque de vínculos ativos já registrado.

Outro indicador que chamou atenção foi a massa de rendimento real. O valor atingiu R$ 357,3 bilhões e marcou o maior patamar da série. Além disso, o rendimento médio habitual cresceu no ano, o que ajuda a explicar o aumento da renda total das famílias.

Segundo o IBGE, a combinação entre maior ocupação e salários em avanço contribuiu para sustentar a queda do desemprego. Em consequência, mais brasileiros têm conseguido permanecer empregados, o que reduz a demanda por novas vagas e mantém a taxa de desocupação em ritmo de queda.

Os dados também mostram recuo na subutilização da força de trabalho. O índice ficou em 13,9%, o menor desde o início da série. Além disso, o grupo de pessoas que trabalham menos horas do que gostariam diminuiu para 4,57 milhões. O número de desalentados, que havia atingido recorde durante a pandemia, caiu para 2,64 milhões.

Esse movimento reflete um mercado mais dinâmico e com menor frustração entre os que procuram uma vaga. Ademais, a força de trabalho potencial recuou para 5,2 milhões, no menor nível desde 2015.

O presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin celebraram os números. Eles afirmam que os dados mostram o impacto de políticas que estimulam setores produtivos e fortalecem a renda. Ainda assim, analistas dizem que o ritmo dos próximos meses dependerá do desempenho da economia. De qualquer forma, o cenário atual indica estabilidade e continuidade na geração de vagas formais.