O deputado estadual Rarison Barbosa (PMB) e o comandante-geral da Polícia Militar de Roraima, coronel Miramilton Goiano de Souza, estão sob investigação pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento na comercialização ilegal de armamentos e munições. A operação, deflagrada em parceria com o Ministério Público de Roraima, envolveu mais de 80 agentes e teve como alvo também dois filhos do coronel, que são policiais penais e estudantes de medicina.
Operação em Roraima e histórico de Miramilton
O coronel Miramilton, no comando da PM desde fevereiro de 2023, já estava sendo investigado pela Polícia Civil por sua suposta interferência no caso do assassinato de um casal de agricultores, conhecido como “Caso Surrão”. Além disso, durante sua gestão, ao menos 100 policiais militares passaram a ser alvo de investigações por uma série de crimes, incluindo participação em milícias, extorsão e homicídios.
A investigação atual busca elucidar uma rede de comércio ilegal de armas em que Miramilton e Barbosa estariam envolvidos, intensificando o escrutínio sobre a cúpula da segurança pública de Roraima.
Defesa do deputado Rarison Barbosa
Em nota, o deputado Rarison Barbosa se declarou surpreso ao ver seu nome vinculado à operação, afirmando não ter qualquer envolvimento com atividades ilícitas. Ele reafirmou seu compromisso com a legalidade e expressou confiança na Justiça, comprometendo-se a colaborar com as autoridades para que o caso seja esclarecido o quanto antes.
Barbosa, que foi eleito em 2022 e é ex-presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Roraima, declarou R$ 595 mil em bens no momento de sua candidatura.