Quando a mão de Jan Oblak desviou o pênalti de Cristiano Ronaldo na prorrogação e a bola acertou a trave, os sonhos do lendário jogador português se despedaçaram em um instante.
Ele havia “atingido o fundo do poço”. O jogador de 39 anos, que depois disse à mídia portuguesa que este seria seu último Euro, abaixou a cabeça e caiu em lágrimas enquanto seus companheiros de equipe corriam para consolar o capitão, com a Eslovênia ameaçando uma das maiores surpresas da história do Euro.
Uma carreira lendária no Campeonato Europeu parecia destinada a terminar da maneira mais cruel.
O pênalti de Cristiano Ronaldo foi defendido na prorrogação, com a partida das oitavas de final ainda sem gols, mas apenas 15 minutos depois, ele voltou ao mesmo lugar para cobrar o primeiro pênalti de sua equipe na disputa. O goleiro Diogo Costa fez história no Euro ao defender três pênaltis na disputa, e Portugal sobreviveu a uma eliminação humilhante, superando a Eslovênia para garantir um confronto nas quartas de final com a França.
Mais lágrimas caíram do super atleta — desta vez de pura alegria e alívio: “Até as pessoas mais fortes têm seus dias ruins. Eu estava no fundo do poço quando a equipe mais precisava de mim”, disse Ronaldo depois, antes de voltar a se emocionar.
“A tristeza no início é a alegria no final. Isso é futebol. Momentos, momentos inexplicáveis. Sinto-me triste e feliz ao mesmo tempo.
“Mas o importante é aproveitar. A equipe fez um trabalho extraordinário. Lutamos até o fim e acho que merecemos porque tivemos mais autoridade.”
Texto traduzido de BBC News Internacional