Conclave para escolher novo papa começa dia 7 de maio, anuncia Vaticano

O Vaticano confirmou nesta segunda-feira, 28, que o conclave para a escolha do novo papa terá início no próximo dia 7 de maio. A decisão foi tomada durante uma reunião reservada do Colégio de Cardeais.

A reunião desta manhã, chamada Congregação Geral, reuniu cerca de 180 cardeais, dos quais 133 poderão votar. Segundo o Vaticano, a Capela Sistina foi oficialmente fechada para a visitação pública e começou a ser preparada para receber o processo de votação.

De acordo com as normas da Igreja, a escolha do novo pontífice só pode acontecer após o período de luto de nove dias — o Novendiales — iniciado após o sepultamento do papa Francisco no sábado.

Na manhã do dia 7, os cardeais participarão da missa “Pro Eligendo Romano Pontifice” na Basílica de São Pedro. Logo em seguida, à tarde, serão trancados na Capela Sistina para dar início às votações secretas.

Como será o conclave

Para ser eleito, o candidato precisará receber dois terços dos votos dos cardeais presentes. Se todos os 133 eleitores participarem, serão necessários ao menos 89 votos. Ao todo, podem ser realizadas até quatro votações por dia.

Caso o impasse se mantenha por três dias, será feita uma pausa para orações. Se ainda não houver decisão após mais rodadas, o processo poderá ser simplificado, restringindo a escolha aos dois mais votados.

Embora o conclave esteja previsto para começar dia 7 de maio, não há uma estimativa oficial de duração. Nos últimos dois conclaves, em 2005 e 2013, a escolha do papa levou apenas dois dias. Porém, a história da Igreja registra votações que se arrastaram por semanas — e até por anos.

Presença brasileira no conclave

Entre os 133 cardeais eleitores, sete são brasileiros:

  • Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador
  • Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre
  • Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo
  • Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro
  • Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília
  • João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília
  • Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus

A expectativa é que o novo papa mantenha o legado de acolhimento e simplicidade deixado por Francisco, um marco nos últimos doze anos de pontificado.