Quase nove anos após o rompimento da barragem em Mariana (MG), um acordo histórico busca compensar as vítimas do Brasil. A mineradora Vale e a BHP Billiton, sócias na Samarco, comprometeram-se a destinar R$ 132 bilhões para reparação dos danos causados pela ruptura da Barragem do Fundão em 2015, valor que se soma aos R$ 38 bilhões já desembolsados.
A negociação envolveu diversas instâncias governamentais e judiciais, incluindo os governos federal, de Minas Gerais e Espírito Santo, além de Ministérios Públicos e organizações ambientais. Apesar de não poder devolver tudo o que foi perdido, o entendimento entre as partes representa uma compensação significativa para as 300 mil famílias que agora serão diretamente beneficiadas pela Samarco, dentro de um prazo de dois anos.
A Fundação Renova, instituída em 2016 para gerenciar os recursos de reparação, será extinta, mas sua atuação alcançou 415 mil pessoas, incluindo comunidades indígenas e quilombolas.
Fundação Renova e nova etapa de reparação
Criada em 2016 como parte de um acordo de ajuste de conduta, a Fundação Renova destinou R$ 38 bilhões para auxiliar 415 mil pessoas, incluindo comunidades indígenas e quilombolas, com foco na recuperação ambiental e social das áreas atingidas. Agora, com o fim das atividades da fundação, o novo acordo prevê que a Samarco irá diretamente beneficiar cerca de 300 mil famílias com recursos adicionais de R$ 32 bilhões nos próximos dois anos.
O desfecho das negociações envolveu a colaboração de diversas esferas governamentais, como os governos federal e estaduais, além de Ministérios Públicos, Defensorias Públicas e organizações ambientais. Embora a compensação não possa restaurar todas as perdas, o acordo representa um esforço significativo para lidar com as consequências dessa catástrofe, proporcionando uma medida de justiça para as vítimas e o meio ambiente.
Esse acordo marca um importante avanço em direção a uma resolução definitiva, embora o impacto emocional e material persista entre as comunidades afetadas.