Marcela Carvalho, maquiadora mineira, denunciou ter sido vítima de um assalto seguido de tentativa de estupro enquanto estava hospedada em Paris em um apartamento alugado pelo Airbnb. O caso ocorreu em 16 de novembro, quando sete homens armados invadiram o imóvel, roubando dinheiro, cartões, malas e celulares. Uma amiga de Marcela sofreu agressões físicas, e a tentativa de estupro só foi interrompida porque o interfone tocou, assustando os criminosos.
Reações do Airbnb e apoio à vítima
O Airbnb informou que reembolsou integralmente a estadia de Marcela e afirmou estar oferecendo suporte contínuo. No entanto, a maquiadora contesta o apoio da empresa, alegando que o reembolso ainda não foi depositado e que houve demora na assistência.
“Recebi um e-mail falando sobre o reembolso, mas o dinheiro não foi transferido. Além disso, não houve ajuda imediata no dia do ocorrido. Só fui contatada pela central de segurança três dias depois”, disse Marcela.
A advogada da vítima, Fabiane Teixeira, planeja processar o Airbnb e buscar reparação pelos danos materiais e morais sofridos.
Marcela relatou dificuldades também com a polícia francesa e o Consulado Brasileiro em Paris. Após o crime, a polícia foi ao local, mas o proprietário do apartamento expulsou as jovens, cancelando a reserva sob alegação de segurança.
Marcela procurou o Consulado-Geral do Brasil, mas não recebeu assistência adequada. Segundo a vítima, chegou a ser ameaçada de remoção policial ao pedir ajuda no local.
De volta ao Brasil desde o dia 1º de dezembro, Marcela retomou sua rotina como maquiadora, mas segue buscando justiça pelo ocorrido. Além da ação contra o Airbnb, sua advogada considera medidas legais contra o Consulado e a polícia francesa.
O caso ilustra os desafios de turistas brasileiros no exterior em situações de emergência, incluindo falhas na assistência consular e na proteção oferecida por plataformas de aluguel de imóveis.