Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (29) a estimativa de que a população brasileira atingiu 212,6 milhões de habitantes em 1º de julho de 2024. Essa projeção representa um aumento de 0,4% em relação ao previsto para 2023, que era de 211,7 milhões. A atualização foi publicada no Diário Oficial da União e reflete uma revisão das estimativas anteriores.
São Paulo segue como o estado mais populoso do país, com quase 46 milhões de habitantes, o que corresponde a 21,6% da população total. A capital paulista é a cidade mais populosa do Brasil, com uma população estimada de 11,9 milhões de pessoas.
Principais dados da projeção
A estimativa de 212,6 milhões de habitantes para 2024 é 4,7% maior do que a população de quase 203 milhões registrada no Censo Demográfico de 2022. A diferença de 9,6 milhões de pessoas se deve às técnicas de projeção do IBGE, que ajustam os dados do censo com base em variáveis demográficas como fecundidade, mortalidade e migração.
Dos 212,6 milhões de habitantes projetados para este ano, 51,2% são mulheres (108,9 milhões) e 48,8% são homens (103,7 milhões). O estado de São Paulo é seguido por Minas Gerais, com 21,3 milhões de habitantes, e Rio de Janeiro, com 17,2 milhões. O estado menos populoso é Roraima, com 716,8 mil habitantes.
Envelhecimento populacional e tendências futuras
O IBGE projeta que a população brasileira começará a diminuir a partir de 2042, após alcançar um pico de 220,43 milhões em 2041. A expectativa é que, até 2070, a população caia para cerca de 199,2 milhões. Esse declínio é impulsionado por uma taxa de fecundidade em queda e o envelhecimento da população.
O número de pessoas com 60 anos ou mais deve crescer significativamente, passando de 15,6% da população em 2023 para 37,8% em 2070. Em termos absolutos, a população idosa deve saltar de quase 33 milhões em 2023 para 75,3 milhões em 2070. Esse envelhecimento demográfico resulta em uma mudança na estrutura etária do país, com um aumento da proporção de idosos em relação aos jovens.
As novas projeções refletem uma mudança substancial em relação às estimativas anteriores de 2018, que previam um pico populacional mais alto e uma queda começando mais tarde. A revisão das previsões leva em consideração as mudanças nas taxas de fecundidade e o impacto da pandemia de Covid-19.