Brasil envia maior delegação da história para as Paralimpíadas de Paris

A delegação brasileira para os Jogos Paralímpicos de Paris, que se iniciam nesta quarta-feira, 28, conta com 280 atletas e é a segunda maior da história do país, superada apenas pela equipe do Rio de Janeiro em 2016. A participação de brasileiros com idades que variam de 16 a 64 anos promete ser uma das mais marcantes, destacando a crescente inclusão de mulheres e a ampla representação de estados brasileiros.

Uma Delegação Diversificada e Recordes a Serem Quebrados

O time brasileiro é composto por 255 esportistas com deficiência e 25 atletas-guia, incluindo três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. Eles competirão em 20 das 22 modalidades oferecidas nos Jogos. A exceção fica para o basquete em cadeira de rodas e o rúgbi em cadeira de rodas, em que o Brasil não conseguiu vaga.

Entre os 280 atletas, 117 são mulheres, representando 41% da delegação—a maior participação feminina registrada até o momento, embora ainda abaixo da paridade. A maior delegação foi a do Rio de Janeiro em 2016, com 285 atletas e 72 medalhas. A melhor campanha do Brasil ocorreu em Tóquio 2020, quando o país terminou na sétima posição geral com 72 medalhas, incluindo 22 de ouro. Em Paris, o Comitê Paralímpico do Brasil busca alcançar o top 5 pela primeira vez.

Atletas em Destaque: Histórias de Dedicação e Superação

A nadadora Edênia Garcia, com 37 anos, se destaca como a atleta mais experiente da delegação, participando de sua sexta edição paralímpica. Garcia, da classe S3, tem no currículo três medalhas: duas pratas e um bronze.

O atleta mais jovem é o nadador Victor dos Santos Almeida, de 16 anos, que competirá nos 100m costas na classe S9. Entre as mulheres, a mesatenista Sophia Kelmer, também de 16 anos e com estreia marcada para dezembro, é a mais jovem.

No outro extremo, Eugênio Franco, de 64 anos, representa o grupo dos mais velhos competindo no tiro com arco, enquanto Beth Gomes, de 59 anos, competirá na classe F53 após uma reclassificação.

O maior medalhista da delegação é Phelipe Rodrigues, nadador da classe S10, com um total de oito medalhas em sua carreira, incluindo cinco pratas e três bronzes.

Representação Nacional e Expectativas para o Futuro

A delegação inclui atletas de 23 dos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal. São Paulo lidera com 71 atletas, seguido por Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com 22, e Paraná com 20. Os estados menos representados são Alagoas, Amapá, e Sergipe, cada um com um atleta.

A participação robusta e diversificada da equipe brasileira reflete um esforço contínuo para melhorar o desempenho em competições internacionais, mantendo a esperança de quebrar recordes e alcançar novos marcos nas Paralimpíadas de Paris.