A Black Friday de 2024 apresentou crescimento expressivo no varejo brasileiro, superando pela primeira vez os níveis de vendas registrados antes da pandemia. Segundo dados divulgados pela Cielo, as vendas gerais aumentaram 16,1% em relação ao mesmo período de 2023, com destaque para o comércio físico, que teve alta de 17,1%, enquanto o e-commerce cresceu 8,9%.
O levantamento, realizado com base nas transações de 29 de novembro, também apontou que o faturamento foi 15,2% maior do que o registrado em 2019, último ano antes da pandemia. Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo, destacou a coincidência entre o pagamento da parcela do 13º salário e benefícios como vales com o dia da promoção como um dos principais impulsionadores do resultado.
Destaques da Black Friday
Entre os setores analisados, Supermercados e Hipermercados lideraram o crescimento, com alta de 26,2% nas vendas. Drogarias e Farmácias vieram na sequência, com aumento de 21,7%, seguidos por Vestuário (+18,2%) e Alimentação (+17,0%). Já o setor de Móveis, Eletrodomésticos e Departamentos, tradicionalmente forte na Black Friday, teve alta mais modesta, de 7,9%.
Retomada do comércio físico
O desempenho robusto do comércio físico confirma a retomada das vendas presenciais, que desde 2022 vinham mostrando sinais de recuperação. “O consumidor voltou às lojas físicas, motivado por promoções mais agressivas e a possibilidade de aproveitar imediatamente os produtos adquiridos”, explicou Alves.
Já o e-commerce, apesar de um crescimento menos expressivo, manteve sua relevância, atraindo compradores em busca de conveniência e promoções exclusivas.
O cenário econômico favorável, marcado pela antecipação do 13º salário, contribuiu significativamente para o aumento no poder de compra dos consumidores. Além disso, a confiança dos varejistas, evidenciada por estoques reforçados e campanhas publicitárias massivas, também foi determinante para o resultado.
Especialistas apontam ainda que a Black Friday consolidou-se como a principal data comercial no Brasil, ultrapassando outros períodos tradicionais de compras, como o Natal, em termos de movimentação financeira.
Com o crescimento observado em 2024, o mercado reforça suas expectativas de um Natal também promissor, impulsionado pelo otimismo gerado pelos resultados da Black Friday.