Na noite de quinta-feira, 1, o repórter americano Evan Gerchkovitch, do The Wall Street Journal, chegou à base militar de Andrews, nos arredores de Washington, onde foi recebido pelo presidente Joe Biden e pela vice-presidente Kamala Harris. Gerchkovitch foi libertado pela Rússia após 16 meses de detenção no país sob acusações de espionagem, que ele sempre negou. Em julho, o jornalista foi condenado a 16 anos de prisão.
Maior troca de prisioneiros desde a guerra fria
A libertação de Gerchkovitch faz parte de uma das maiores trocas de prisioneiros entre nações desde a Guerra Fria. No total, 26 pessoas de sete países – EUA, Rússia, Alemanha, Polônia, Eslovênia, Noruega e Belarus – foram liberadas como parte do acordo.
Biden descreveu a troca como um importante feito diplomático de seu governo.
“Algumas dessas mulheres e homens foram detidos injustamente durante anos. Todos suportaram sofrimento e incerteza inimagináveis. Hoje, a sua agonia acabou”, afirmou em um comunicado.
O presidente também convidou a população a se juntar a ele e à vice-presidente na recepção dos americanos libertados na Base Conjunta Andrews. Harris compartilhou um vídeo nas redes sociais, em que aparece ao lado de Biden dando as boas-vindas aos americanos libertados.
Além do presidente e da vice-presidente, familiares dos americanos libertados também estiveram presentes na base militar para a recepção.
Impacto político e reconhecimento na Rússia
O acordo de troca de prisioneiros proporciona ao governo Biden um significativo sucesso diplomático, especialmente com a campanha presidencial dos EUA se aproximando da fase decisiva, com Harris concorrendo contra o ex-presidente republicano Donald Trump.
Por sua vez, o presidente russo Vladimir Putin recebeu os prisioneiros retornados na Rússia e anunciou que eles receberão condecorações do estado como reconhecimento pelos seus serviços.