O ministro da economia argentino, Luis Caputo, declarou nesta terça-feira, 11, que o país iniciará negociações para um novo programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI) após a oitava revisão do plano de socorro de US$ 44 bilhões concedido pela organização.
“Estamos no processo de revisão com o Fundo, que ocorrerá no dia 13 [de junho], e a partir daí começaremos a negociar um novo programa”, anunciou Caputo durante seu discurso em uma conferência realizada por uma fundação de ideologia libertária em Buenos Aires.
Ainda nesta quinta-feira, 13, o conselho do FMI se reunirá com o governo argentino para discutir a oitava revisão do acordo, assinado pelo país em 2022 durante o mandato do então presidente Alberto Fernández, visando refinanciar a dívida de US$ 45 bilhões contraída em 2018 com o próprio FMI, durante o governo de Mauricio Macri.
O acordo envolve revisões trimestrais do cumprimento das metas de disciplina fiscal, acumulação de reservas monetárias e limites de emissão monetária. Os desembolsos adicionais, utilizados para o pagamento da dívida com o FMI, dependem da aprovação da instituição.
Em maio, o FMI observou que a Argentina alcançou “o primeiro superávit fiscal trimestral em 16 anos”, uma “rápida queda da inflação” e “uma forte redução do risco soberano”, como parte do plano de estabilização.
Caputo reconheceu que ainda há desafios econômicos, como as tensões cambiais e incertezas relacionadas à Lei de Bases do governo de Javier Milei, que passará pelo Senado nesta quarta-feira (12). No entanto, ele afirmou que não haverá “aperto econômico” e minimizou a possibilidade de volatilidade adicional.
Quanto ao projeto de Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, o ministro da Fazenda considerou que ele pode acelerar a situação econômica, mas não afetará a recuperação do país.