Arcebispo de Aparecida defende passarela na Dutra e pede solução para proteger romeiros

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By LatAm Reports Redatores da Equipe

Durante as celebrações do dia 12 de outubro, o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, voltou a defender a criação de um caminho seguro para os fiéis que seguem a pé até o Santuário Nacional. Ele destacou que a Rodovia Presidente Dutra, usada por milhares de peregrinos, representa alto risco de acidentes e precisa de uma solução urgente.

Segundo o religioso, o santuário participa das discussões sobre o projeto técnico apresentado pela concessionária RioSP à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O plano prevê a construção de uma passarela ou rota exclusiva de peregrinação ao longo da Dutra.

“A Dutra se transformou em um santuário de um povo caminhante e é muito perigosa. Já estamos dialogando com o apoio do Santuário e de várias instituições para que haja uma solução que resguarde a vida do povo. São 40 mil pessoas vindo a pé. Isso merece todo cuidado e zelo dos poderes públicos”, afirmou Dom Orlando.

Caminho seguro e planos do governo

A proposta da RioSP prevê um trajeto de 134 quilômetros, entre Arujá e Aparecida, voltado exclusivamente aos romeiros. A ANTT informou que o projeto está em fase inicial, mas é considerado prioridade. O início das obras está previsto para 2026, junto com a ampliação da rodovia.

Somente neste ano, cerca de 40 mil devotos da Padroeira do Brasil caminharam pela Dutra em direção a Aparecida, segundo a Polícia Rodoviária Federal. No mesmo período, o Santuário Nacional recebeu quase 500 mil visitantes durante a Festa da Padroeira, entre os dias 3 e 12 de outubro.

Tragédias recentes e alerta sobre segurança

As romarias também têm sido marcadas por acidentes e casos de violência. No sábado (11), o ciclista José Antonio dos Santos, de 65 anos, morreu atropelado em Pindamonhangaba enquanto seguia de Mairiporã para Aparecida. O motorista da carreta fugiu sem prestar socorro.

No mesmo dia, o policial militar Luiz Guilherme Crispim de Oliveira, de 30 anos, foi assassinado durante um assalto na altura de Lorena, também na Dutra. Em 2024, três peregrinos morreram em acidentes de trânsito na rodovia.

Os números reforçam a urgência de medidas para garantir segurança aos fiéis. Para o arcebispo, a passarela seria um passo importante para preservar vidas e tornar a fé um ato de esperança, e não de risco.