A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisou 41 marcas de creatina disponíveis no mercado brasileiro e o resultado acendeu um alerta. Apenas um produto foi aprovado em todos os critérios avaliados, enquanto 40 apresentaram algum tipo de erro nos rótulos. A boa notícia é que, em termos de segurança, nenhuma das amostras continha matérias estranhas ou apresentava riscos à saúde.
O objetivo do levantamento era verificar a conformidade dos suplementos em três pontos: teor de creatina, rotulagem e presença de impurezas. As amostras foram coletadas no segundo semestre de 2024, priorizando as marcas mais vendidas em embalagens de 300g.
Segundo a Anvisa, o único suplemento que passou em todos os testes foi o Creatine Monohydrate – 100% Pure, da marca Atlhetica Nutrition, produzido pela ADS Laboratório Nutricional. Já um outro produto teve teor de creatina abaixo do permitido, mas sem configurar infração sanitária — a marca não foi divulgada, pois o processo ainda está em apuração.
A maior preocupação está nas embalagens: 40 dos 41 suplementos continham falhas de rotulagem. Entre os problemas mais comuns estavam alegações não autorizadas, erros em idiomas estrangeiros, informações nutricionais incompletas, falta da frequência de consumo recomendada e ausência do número de porções. A Anvisa destacou que as incorreções não oferecem risco direto à saúde, mas prejudicam o direito à informação clara e adequada do consumidor.
Além disso, os testes mostraram que o teor de creatina declarado pelos fabricantes variou menos do que em análises anteriores — o que pode indicar uma melhora na qualidade e no controle dos processos produtivos por parte das empresas.
Os resultados servem como alerta para consumidores e empresas, já que todos os suplementos deverão estar regularizados na Anvisa até setembro de 2025, conforme a nova regulamentação vigente.