Ansiedade e depressão: como reconhecer os sinais e buscar ajuda

Um número crescente de brasileiros tem enfrentado problemas de saúde mental. Em 2024, mais de 470 mil afastamentos do trabalho foram concedidos devido a transtornos psicológicos, sendo a ansiedade e a depressão os principais motivos. Esse dado, levantado pelo g1 com base em informações do Ministério da Previdência, revela um aumento alarmante de 68% em relação ao ano anterior. Mas como saber quando a ansiedade se torna um transtorno? E como diferenciar uma tristeza comum de um quadro depressivo? Compreender os sinais e buscar tratamento adequado pode fazer toda a diferença.

Sentir ansiedade antes de um evento importante é normal. No entanto, quando esse estado se torna constante e começa a afetar a rotina, pode indicar um transtorno de ansiedade. Existem diferentes tipos dessa condição, cada um com características específicas:

  • Transtorno de ansiedade generalizada: preocupação excessiva e persistente sobre diversas situações do dia a dia;
  • Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): pensamentos repetitivos e medos irracionais que levam a comportamentos compulsivos;
  • Fobia social: medo intenso de interações sociais e situações públicas;
  • Síndrome do pânico: crises súbitas de medo extremo, acompanhadas de sintomas físicos como taquicardia, sudorese e falta de ar;
  • Agorafobia: receio de estar em locais de difícil fuga ou onde a pessoa se sente presa.

Entre os sintomas mais comuns da ansiedade estão palpitações, tremores, sudorese excessiva, tensão muscular, inquietação e pensamentos acelerados. O tratamento pode incluir psicoterapia, mudanças na rotina e, em alguns casos, medicação prescrita por um profissional de saúde mental.

Depressão vai além da tristeza

Ao contrário do que muitos pensam, a depressão não se resume a momentos de tristeza. Trata-se de um transtorno do humor que afeta a forma como a pessoa pensa, sente e age. Entre os principais sinais estão:

  • Perda de interesse por atividades antes prazerosas;
  • Alterações no sono (insônia ou sono excessivo);
  • Mudanças no apetite e no peso corporal;
  • Fadiga e sensação de esgotamento constante;
  • Dificuldade de concentração e memória;
  • Pensamentos negativos persistentes, incluindo ideias suicidas.

O transtorno pode ser desencadeado por uma combinação de fatores genéticos, biológicos e ambientais. Eventos como luto, violência, problemas financeiros e histórico de abuso aumentam a vulnerabilidade à depressão. Mulheres são mais propensas à condição, em parte devido a fatores hormonais e sociais, como sobrecarga de trabalho e desigualdade de oportunidades.

Diferença entre ansiedade e depressão

Enquanto a ansiedade está ligada a uma preocupação constante e ao medo do futuro, a depressão traz um sentimento de apatia e desesperança. Apesar de distintas, essas condições podem ocorrer simultaneamente, tornando o diagnóstico e o tratamento ainda mais essenciais.

Tanto a ansiedade quanto a depressão impactam profundamente a qualidade de vida, mas têm tratamento. A psicoterapia, a adoção de hábitos saudáveis e, em casos específicos, o uso de medicamentos podem ajudar na recuperação. O mais importante é reconhecer os sinais e procurar ajuda profissional. Cuidar da saúde mental é fundamental para o bem-estar e para uma vida equilibrada.