Peritos da Aeronáutica começarão a analisar os motores do avião da Voepass que caiu na última sexta-feira, 9, em Vinhedo, interior de São Paulo. O histórico de manutenção da aeronave foi solicitado para ajudar na investigação das causas do acidente. Até a manhã desta terça-feira, 13, o Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo identificou 42 das 62 vítimas fatais.
A Superintendência da Polícia Técnico-Científica informou que todas as vítimas morreram devido a politraumatismo. O processo de identificação, realizado por meio de digitais, radiografias e exames odontológicos, ainda está em andamento, e os corpos identificados estão sendo liberados para os familiares. A Força Aérea Brasileira deve iniciar o transporte funerário das vítimas de São Paulo para o Paraná ainda hoje.
Investigação em curso e possíveis causas
O avião, que realizava o voo 2283 de Cascavel (PR) para Guarulhos (SP), transportava 58 passageiros e quatro tripulantes. Infelizmente, não houve sobreviventes. Entre as vítimas já identificadas estão Danilo Santos Romano, piloto da aeronave, e Daniela Schulz Fodra, fisiculturista e esposa de Hiales Carpine Fodra, também vítima do acidente. A aeronave atingiu duas residências no Condomínio Recanto Florido, mas não houve vítimas entre os moradores.
A Polícia Federal e a Polícia Civil conduzem investigações paralelas para apurar as responsabilidades pelo acidente. O Ministério Público também acompanha o caso. Especialistas que analisaram vídeos do momento da queda sugerem que a possibilidade de gelo nas asas da aeronave, causando instabilidade, pode ter contribuído para o acidente. Em nota, a companhia aérea Voepass afirmou que o avião estava apto a voar e sem restrições.