Um caso de possível envenenamento mobilizou as autoridades de Parnaíba, no litoral do Piauí, após a morte de Manoel Leandro da Silva, de 17 anos, e a hospitalização de oito pessoas de sua família, incluindo quatro crianças. O grupo passou mal após consumir peixes de uma cesta básica recebida na noite anterior, segundo a Polícia Civil.
A família começou a apresentar sintomas como convulsões, cólicas, diarreia e tremores na manhã de quarta-feira (1º). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e identificou sinais de intoxicação nas vítimas. Manoel Leandro não resistiu e morreu na ambulância.
As demais pessoas foram levadas ao Hospital Regional Dirceu Arcoverde (Heda). Entre os internados, três permanecem em estado gravíssimo, enquanto outros dois já receberam alta.
Segundo relatos, o peixe consumido fazia parte de uma cesta básica doada à família na noite anterior. No entanto, o delegado Renato Pinheiro informou que o arroz servido na refeição havia sido preparado anteriormente pela família.
Vítimas identificadas
A Polícia Militar do Piauí (PMPI) divulgou os nomes das vítimas:
- Manoel Leandro da Silva, de 17 anos (falecido);
- Duas irmãs do adolescente;
- Francisco de Assis Pereira da Costa, 53 anos (padrasto);
- Maria Jocilene da Silva, 41 anos, e seu filho de 2 anos;
- Três crianças, filhas das irmãs do adolescente.
O caso ganhou ainda mais atenção pelo histórico da família. Em 2024, dois sobrinhos de Manoel, de 7 e 8 anos, morreram após ingerirem cajus envenenados, levantando suspeitas sobre possíveis conexões entre os incidentes.
Investigação em andamento
Equipes da Polícia Civil e do Instituto de Medicina Legal (IML) coletaram amostras de sangue, urina e material genético do adolescente falecido e das vítimas hospitalizadas. Os alimentos consumidos pela família também foram apreendidos para perícia.
Segundo o diretor do IML, Antônio Nunes, a análise preliminar indica sintomas típicos de envenenamento. A investigação busca esclarecer se o alimento estava contaminado e identificar possíveis responsáveis.
O caso gera comoção e alerta para doações de alimentos, destacando a necessidade de maior fiscalização para prevenir tragédias semelhantes.