Polícia Federal descobre plano militar para assassinar Lula antes da posse em 2023

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By LatAm Reports Redatores da Equipe

A Polícia Federal revelou um plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, em 2022, poucos dias antes da posse. O complô, que teria como objetivo impedir Lula de assumir o cargo, envolvia militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e previa a instalação de uma junta militar no comando do país.

Detalhes do plano contra Lula

Documentos apreendidos indicam que os conspiradores planejavam assassinar Lula e Alckmin por envenenamento ou disparos de arma de fogo. A estratégia incluía colocar os generais reformados Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e Braga Netto, ex-ministro da Defesa, no comando do governo. O plano previa a realização de novas eleições sob controle militar.

Além disso, os conspiradores também planejavam o assassinato de um ministro do Supremo Tribunal Federal, utilizando explosivos ou veneno, conforme divulgado pela Polícia Federal.

Prisões e conexões

Cinco pessoas foram presas, incluindo o general da reserva Mario Fernandes, que já havia ocupado um cargo de destaque no governo Bolsonaro, e três tenentes-coronéis: Helio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Rafael Martins de Oliveira.

Embora todos estivessem no Rio de Janeiro, o Exército esclareceu que os militares presos não faziam parte da operação de segurança para a cúpula do G20, que estava ocorrendo na cidade.

Esta é a primeira vez que a Polícia Federal expõe detalhes de um plano para assassinar Lula e Alckmin e orquestrar um golpe militar, mostrando que o esquema estava profundamente enraizado em círculos próximos ao ex-presidente Bolsonaro.

Investigações e impacto

Os documentos apreendidos revelaram que Mario Fernandes estava em posse de um esboço do plano, impresso diretamente no Palácio do Planalto. A maioria dos envolvidos tem histórico militar e treinamento em Forças Especiais, reforçando a gravidade do caso.

O complô evidencia tensões políticas ainda latentes no Brasil e a influência de grupos extremistas. A investigação continua para identificar outros envolvidos e assegurar que a democracia brasileira esteja protegida de ameaças futuras.