O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no Brasil, registrou uma alta de 0,44% em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal pressão veio do aumento de 5,36% nos preços da energia elétrica residencial, causado pela mudança na bandeira tarifária.
Energia elétrica e alimentação puxam inflação
A alta de 1,80% no grupo de Habitação foi determinante para o resultado de setembro, com destaque para o aumento na energia elétrica. O país enfrentou uma severa seca, que fez com que a bandeira tarifária mudasse de verde para vermelha, aumentando o custo nas contas de luz. Além disso, o preço do gás de botijão subiu 2,40%.
Outro grupo que influenciou a inflação foi o de Alimentação e Bebidas, que teve alta de 0,50%. A estiagem afetou a produção de alimentos, levando a aumentos expressivos nos preços de frutas como limão (30,41%) e mamão (10,34%), além de carnes, que subiram 2,97%, o maior aumento desde 2020.
Desaceleração nos serviços e monitorados em alta
A inflação dos serviços desacelerou de 0,24% em agosto para 0,15% em setembro, com destaque para a queda de 8,75% nos preços de cinema, teatro e concertos, graças a promoções em redes de cinema. No entanto, os preços monitorados, como energia elétrica e gás de botijão, subiram 1,01% em setembro, refletindo a pressão sobre os itens controlados pelo governo.