O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, destacou, em recente declaração, as ações do banco em resposta aos efeitos devastadores das mudanças climáticas no Brasil, especialmente em relação às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. De acordo com um estudo realizado em parceria com o Banco Mundial, a Cepal e o governo estadual, os danos provocados pelas enchentes de abril são estimados em R$ 87 bilhões.
Impacto econômico e apoio emergencial
Goldfajn ressaltou que esses danos equivalem a 1,8% do PIB projetado para 2024. A tragédia resultou na morte de 182 pessoas e deixou muitas desabrigadas. O BID já destinou R$ 5,5 bilhões em apoio ao estado, abrangendo doações e assistência técnica.
“Estamos comprometidos com ações emergenciais, e já desembolsamos 70% dos R$ 1,5 bilhão destinados a essa ajuda”, afirmou Goldfajn.
Além disso, o BID planeja investir R$ 4 bilhões em projetos de reconstrução, com 80% desse montante já alocado para pequenas e médias empresas, infraestrutura e capacitação de governos.
Preocupação com secas e queimadas
Goldfajn também abordou a preocupação com as secas e queimadas, anunciando que o BID irá destinar mais de R$ 10 bilhões em iniciativas públicas e privadas para mitigar os impactos dessa estiagem. Os investimentos incluirão projetos de gestão hídrica, conscientização da população e formação de brigadistas, refletindo a necessidade urgente de estratégias para lidar com as mudanças climáticas no Brasil.