A edição de 2024 do Rock in Rio, que se encerrou neste domingo, 22, trouxe novidades, mas também deixou a desejar em alguns momentos. Sem o tradicional Dia do Metal, o evento explorou novos dias temáticos, como o “Dia Delas”, exclusivo para mulheres, que se destacou com algumas das melhores performances do festival. Já o “Dia Brasil” enfrentou desafios com problemas técnicos, atrasos e ausências de atrações, evidenciando altos e baixos.
Durante sete dias, a Cidade do Rock recebeu cerca de 200 artistas e atraiu aproximadamente 700 mil pessoas. Além dos shows de ícones do festival como Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso e Ivete Sangalo, o evento ampliou seu espectro musical ao incluir gêneros como trap, samba e, pela primeira vez, o sertanejo. A nova disposição dos palcos e a estrutura renovada, que facilitou a circulação e introduziu copos reutilizáveis, foram bem recebidas pelo público.
Inovações e críticas na edição comemorativa
Roberta Medina, vice-presidente de reputação da Rock World, avaliou positivamente a edição de 40 anos do Rock in Rio, destacando o sucesso das inovações, apesar dos contratempos como os problemas de telão no show de Travis Scott e os atrasos do Dia Brasil.
“Foi uma pena, mas num evento desse porte, é impossível controlar tudo”, comentou Roberta, confirmando que o festival voltará em 2026 com edições no Rio e em Lisboa.
Entre as mudanças, a nova estrutura da Cidade do Rock, com palcos mais afastados e amplos espaços de circulação, foi um dos pontos mais elogiados pelos frequentadores. O palco Global Village, novidade do ano, conquistou o público como uma alternativa charmosa aos shows principais, enquanto o Espaço Favela se destacou com um clima de festival paralelo, valorizando a música urbana e periférica.
No entanto, nem tudo foi perfeito. O Dia Brasil, que buscava celebrar a diversidade musical do país, acabou sofrendo com a logística complexa e uma programação desigual. “Queríamos celebrar a música brasileira, mas o formato não deve se repetir”, afirmou Roberta, que anunciou ainda novos eventos da Rock World, como o Amazônia Para Sempre, previsto para 2025 em Belém, e a próxima edição do The Town, marcada para setembro do mesmo ano em São Paulo.
Com altos e baixos, o Rock in Rio 2024 mostrou a força de um festival em constante evolução, se adaptando às novas demandas do público e abrindo espaço para uma variedade de gêneros musicais que refletem o que a sociedade quer ver nos palcos.