O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, expressou preocupação com a crise migratória em Darién, destacando a necessidade de cooperação internacional para enfrentar o fluxo desordenado de imigrantes. Em entrevista à Folha de S.Paulo durante a cúpula do Mercosul, Mulino enfatizou que a Venezuela pode estar enviando seus presos através desta rota perigosa, conhecida como “selva da morte”.
Desafios humanitários e de segurança
Mulino, ex-ministro da Segurança panamenho, assumiu recentemente a presidência com o compromisso de conter a migração desordenada através de Darién, que se tornou uma rota crucial para imigrantes que buscam chegar aos Estados Unidos. Ele destacou a importância de países como o Brasil em auxiliar na gestão dessa crise, considerando-o uma porta de entrada para imigrantes de diferentes continentes.
Com mais de meio milhão de travessias registradas apenas no ano passado, a situação em Darién é complexa e envolve não apenas questões humanitárias, mas também desafios de segurança, com grupos criminosos controlando partes da rota. Mulino sublinhou a necessidade de fechar essa passagem de forma ordenada e cooperativa entre Panamá, Colômbia e outros países afetados.
Perspectivas Futuras e Cooperação Internacional
Para Mulino, a cooperação internacional, incluindo acordos bilaterais como o recente com os Estados Unidos para repatriação e treinamento de forças de segurança, é essencial para controlar o fluxo migratório em Darién. Ele espera que o Brasil e outros países afetados pelo fenômeno migratório possam contribuir significativamente para essa iniciativa conjunta.
A crise em Darién não apenas desafia os países da região, mas também exige uma abordagem humanitária e coordenada para lidar com os desafios presentes. À medida que a situação evolui, a cooperação internacional e a solidariedade regional são fundamentais para mitigar os impactos negativos dessa rota migratória complexa e perigosa.