Com um fluxo diário de 20 mil caminhões, o Porto de Santos enfrenta o risco iminente de colapso em suas vias de acesso, destacando a urgência por novas infraestruturas. Localizado no maior porto do hemisfério sul, o problema se concentra em vias como a conhecida Rua do Adubo, onde caminhões enfrentam buracos e congestionamentos diários.
A Rua do Adubo, mais conhecida por sua movimentação intensa do que pelo nome oficial, ilustra perfeitamente os desafios de acessibilidade enfrentados pelo Porto de Santos. Com apenas 700 metros de extensão, a via urbana se tornou rota inevitável para caminhões que se dirigem à margem esquerda do porto, localizada no Guarujá. O cenário atraiu estabelecimentos como postos de gasolina e borracharias, adaptando-se à demanda incessante.
Perspectivas de Expansão e Impactos Regionais
O presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, destaca que o espaço limitado em Santos contrasta com as oportunidades de crescimento no Guarujá, sublinhando a necessidade crítica de melhorias na infraestrutura viária para evitar um possível colapso até o final da próxima década.
Nos últimos 30 anos, o Porto de Santos registrou recordes constantes de movimentação de cargas, alcançando 173,3 milhões de toneladas em 2023, com projeções de atingir 240,6 milhões até 2040. Esse crescimento exponencial demanda não apenas expansões portuárias, mas também investimentos urgentes em acessos rodoviários eficientes.
Especialistas como Frederico Bussinger enfatizam a importância de uma governança integrada entre esferas federal, estadual e municipal para resolver os gargalos de acessibilidade. Propostas incluem novos complexos viários, viadutos, e até um túnel ligando Santos ao Guarujá, atualmente em fase de projeto.
Planejamento e Investimentos Necessários
Em resposta aos desafios, iniciativas como a Frente Parlamentar Terceira Pista Anchieta-Imigrantes buscam soluções viáveis, enquanto investimentos em estudos e projetos de novas conexões são fundamentais para viabilizar melhorias estruturais necessárias.
A discussão sobre o futuro do Porto de Santos não se limita à sua eficiência operacional, mas abrange a integração necessária entre infraestrutura portuária, viária e comunitária. Enquanto projetos de expansão avançam, é essencial mitigar os impactos na qualidade de vida local e garantir que o desenvolvimento seja sustentável e integrado.