O furacão Beryl, que avança pelo Caribe, foi reclassificado para a categoria 5 – a mais alta na escala de intensidade. Esta é a primeira vez que um furacão dessa magnitude atinge o Caribe em junho, levando autoridades a preverem uma temporada de furacões severa na região.
Até o momento, Beryl deixou cinco mortos após tocar o solo: um em São Vicente e Granadinas, um na Venezuela e três em Granada, conforme informaram autoridades locais. Classificado como “extremamente perigoso” pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), o Beryl superou as previsões iniciais em força e velocidade, podendo atingir ventos de até 270 km/h.
Na segunda-feira, 1, o furacão tocou solo na ilha de Carriacou, em Granada, e passou por São Vicente e Granadinas e Barbados. Segundo um boletim do NHC desta terça-feira (2), Beryl está se aproximando da Jamaica, onde deve passar na quarta-feira, 3. Durante a semana, o furacão continuará avançando pelo Caribe em direção à costa do México, mas as autoridades esperam que ele perca força ao longo dos dias. Ainda assim, alertas foram emitidos para o Haiti, as Ilhas Cayman, Belize e cidades no sudoeste do Golfo do México.
Cronologia do Furacão Beryl
O Beryl é o primeiro furacão da temporada na região — que geralmente vai de julho a setembro — e o maior já registrado em junho na história do Caribe. O furacão começou a se formar na última semana de junho como uma instabilidade e rapidamente ganhou força. Veja a cronologia:
- 25 de junho: começa uma instabilidade na atmosfera, favorecendo a formação de uma tempestade.
- 28 de junho: a instabilidade se transforma em uma tempestade tropical, com ventos de 56 km/h.
- 30 de junho: é classificado como furacão de categoria 3.
- Ainda em 30 de junho: é reclassificado para categoria 4, com ventos de até 240 km/h.
- 1º de julho: atinge a categoria 5, com ventos de até 270 km/h.
Especialistas afirmam que o Beryl ganhou essa proporção em tão pouco tempo devido às águas aquecidas do oceano. As temperaturas na região onde a tempestade se formou estão até 3°C acima da média.
No fim de maio, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) já havia previsto que a temporada de furacões deste ano seria “extraordinária”, com até sete tempestades de categoria 3 ou superior.