A Petrobras confirmou uma nova descoberta de petróleo no litoral do Rio de Janeiro. O achado ocorreu em um poço exploratório do bloco Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos. A estatal informou que o óleo é de alta qualidade e foi identificado em uma área do pós-sal, a 108 quilômetros da costa de Campos dos Goytacazes.
O poço está localizado em uma lâmina d’água de 734 metros. Segundo a companhia, a perfuração já foi concluída e apresentou indícios consistentes de hidrocarbonetos. A confirmação veio após análises elétricas, sinais de gás e coleta de fluidos. Esse conjunto de dados apontou para a presença de um reservatório com características consideradas promissoras.
O material recolhido será enviado para análise laboratorial. Essa etapa permitirá avaliar, de forma mais precisa, a qualidade do reservatório e o potencial produtivo da área. Embora ainda seja cedo para projeções, a descoberta reforça a relevância da Bacia de Campos em um momento em que a Petrobras continua ampliando seu portfólio de exploração.
Nova fronteira convive com campos maduros e avanços no pré-sal
O bloco Sudoeste de Tartaruga Verde pertence integralmente à Petrobras. A empresa adquiriu a área em 2018, durante a 5ª Rodada de Partilha de Produção. A gestão do contrato é da PPSA, responsável pelos blocos sob esse modelo regulatório. A Bacia de Campos, por sua vez, segue como uma região estratégica. Mesmo com o avanço do pré-sal, a área continua entregando novas descobertas e servindo de base para projetos de revitalização.
O anúncio desta segunda-feira soma-se a outras descobertas feitas pela Petrobras ao longo de 2025. Em maio, a empresa confirmou a presença de petróleo de alta qualidade no bloco Aram, na Bacia de Santos. Foi a segunda descoberta no mesmo bloco no intervalo de poucos meses. Esses resultados reforçam a posição da estatal na busca por novas fronteiras.
Além disso, a Petrobras obteve em outubro a licença ambiental para perfurar um poço exploratório na Foz do Amazonas. A região é tratada como uma das áreas mais promissoras do país. A empresa afirma que adotou melhorias no projeto e apresentou ao Ibama estruturas adicionais de proteção ambiental. A perfuração deve começar imediatamente e durar cerca de cinco meses.
A Margem Equatorial é vista como uma possível nova fronteira capaz de transformar o setor. Estimativas preliminares apontam que a área pode se tornar um “novo pré-sal”, com potencial para produzir mais de 1 milhão de barris por dia. Ainda assim, o projeto enfrenta críticas por envolver uma região sensível e pouco estudada.
A Petrobras afirma que a ampliação das fronteiras de exploração é essencial para garantir segurança energética. A empresa também destaca que o país ainda precisa do petróleo para sustentar investimentos e financiar uma transição energética gradual e segura.
