Balada 50+: festas para público maduro viram sucesso e faturam até R$ 200 mil por mês

Photo of author

By LatAm Reports Redatores da Equipe

Nada de pista lotada até o amanhecer ou salto alto desconfortável. As festas criadas por Patrícia Parenza e Diego de Godoy têm outro ritmo. São pensadas para quem já passou dos 50 anos e quer dançar, socializar e se divertir sem pressa — com música de qualidade, início mais cedo e até petiscos no cardápio.

A ideia nasceu em Porto Alegre e rapidamente se espalhou. Em 2025, o projeto já passou por nove cidades brasileiras e chegou a reunir mais de 1.200 pessoas em uma única noite. O investimento inicial foi modesto, cerca de R$ 10 mil. Hoje, o faturamento mensal pode alcançar R$ 200 mil.

Segundo Patrícia, o negócio surgiu a partir de uma escuta atenta. “Muitas mulheres pediam um espaço onde pudessem se sentir livres, pertencentes e sem julgamento. Depois dos 50, a gente continua querendo se divertir — e percebeu que faltava esse lugar”, conta.

Um negócio feito por e para maduros

O modelo é simples e enxuto. As festas são realizadas em parceria com casas locais: os produtores ficam com a bilheteria e os parceiros com o bar. Assim, conseguem organizar até três eventos por mês em diferentes cidades.

Diego explica que o segredo está na identificação com o público. “Somos dois maduros fazendo um negócio para maduros. Sabemos o que esse público deseja, porque vivemos o mesmo momento da vida”, afirma.

As festas começam cedo e oferecem áreas de descanso. As músicas vão de hits dos anos 70 a clássicos nacionais que despertam lembranças afetivas. Entre os frequentadores assíduos estão Isabel Dias e Ciloca Monteiro, ambas com mais de 70 anos. “Velho com 70 tem que estar na cama? A gente não é assim”, brinca Isabel.

Um novo olhar sobre envelhecer

Para os criadores, o sucesso da balada 50+ vai além do faturamento. É um movimento social que quebra estereótipos e mostra que envelhecer não é sinônimo de parar. “A mensagem é simples: nunca é tarde para dançar, começar de novo ou até flertar”, resume Patrícia.

Com pistas de dança cheias e público fiel, a iniciativa confirma que a diversão amadurece, mas não envelhece.