PIB do Brasil cresce 0,4% no 2º trimestre e mantém trajetória positiva

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By LatAm Reports Redatores da Equipe

A economia brasileira avançou 0,4% entre abril e junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 2. Em valores correntes, o Produto Interno Bruto (PIB) somou R$ 3,2 trilhões.

O resultado confirma o 16º trimestre consecutivo de crescimento. O país alcançou, assim, o maior nível da série histórica iniciada em 1996. Na comparação com o mesmo período de 2024, a economia registrou alta de 2,2%. Apesar do ritmo menor que o do primeiro trimestre, quando o avanço foi de 1,3%, o número superou a previsão do mercado, que estimava 0,3%.

Serviços sustentam o desempenho econômico

Os Serviços cresceram 0,6% no trimestre e bateram novo recorde. O destaque veio das atividades financeiras, de seguros e de tecnologia da informação, que avançaram 1,2%. O setor de transporte, armazenagem e correio subiu 1%, puxado pela maior demanda de passageiros. De acordo com o IBGE, a área de informação e comunicação acumula alta de 40% desde 2020.

A Indústria cresceu 0,5%. A principal contribuição veio da extração de petróleo e gás, com salto de 5,4%. Essa atividade respondeu por cerca de 80% do resultado positivo do setor. Em contrapartida, houve queda em eletricidade e gás (-2,7%), indústrias de transformação (-0,5%) e construção (-0,2%).

A Agropecuária registrou leve queda de 0,1% em relação ao trimestre anterior. Ainda assim, manteve resultado expressivo no acumulado de 12 meses, com alta de 10,1%, impulsionada pelas safras de soja e milho.

Pelo lado da demanda, o consumo das famílias cresceu 0,5%. O desempenho foi favorecido pelo mercado de trabalho aquecido e pelas políticas de transferência de renda. Já os investimentos caíram 2,2%, reflexo da retração na construção e na produção de bens de capital. O consumo do governo também recuou, com queda de 0,6%.

O setor externo ajudou a equilibrar os números. As exportações subiram 0,7%, enquanto as importações caíram 2,9%. Os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros ainda não foram sentidos e devem aparecer apenas nos próximos resultados.

Em julho, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda elevou a previsão oficial de crescimento do PIB em 2025 para 2,5%. A revisão considerou a resiliência do mercado de trabalho e a sustentação do consumo das famílias, mesmo diante de juros altos.