Começa a ser vendida nesta segunda-feira, 4, a primeira caneta contra obesidade com produção 100% nacional. O medicamento, chamado Olire, foi desenvolvido pela farmacêutica EMS. Ele tem como base a liraglutida, substância usada no controle do apetite.
A EMS também lançou outra caneta, chamada Lirux, voltada para o tratamento do diabetes tipo 2. Ambos os produtos foram aprovados pela Anvisa e não são considerados genéricos. Segundo a empresa, as duas canetas foram desenvolvidas com tecnologia própria.
Os preços começam em R$ 307,26. De acordo com a EMS, os valores são até 20% mais baixos que os praticados pelas marcas de referência. A farmacêutica afirma que a produção inicial será de 200 mil unidades ainda em 2025.
A expectativa é que, em um ano, mais de 500 mil canetas estejam disponíveis nas farmácias do país. A empresa também já se prepara para lançar, em 2026, um novo produto com semaglutida. A substância é usada em medicamentos como Ozempic e terá sua patente expirada no Brasil.
A caneta Olire deve ser aplicada uma vez ao dia. A aplicação é feita por via subcutânea no braço, abdômen ou coxa. O uso pode ocorrer em qualquer horário, com ou sem refeição. A liraglutida age diretamente no sistema que regula a saciedade.
Já o Lirux, voltado ao diabetes tipo 2, tem uso e aplicação semelhantes. Ambos os produtos integram uma classe de medicamentos conhecida como análogos de GLP-1.
Essa tecnologia é indicada para pacientes que precisam de auxílio no controle do peso ou do açúcar no sangue.
Segundo a EMS, os estudos mostram que a liraglutida pode gerar perda de até 6% do peso em 12 semanas. Para isso, é preciso manter o acompanhamento médico. A medicação deve fazer parte de um tratamento que envolva alimentação adequada e mudanças de hábito.
Atualmente, os principais medicamentos com liraglutida são o Saxenda e o Victoza. Já a semaglutida está presente no Ozempic e no Wegovy. Esses produtos têm alto custo e, em geral, são importados. Com a produção nacional, a EMS promete ampliar o acesso aos pacientes brasileiros.