O comércio entre o Brasil e os Estados Unidos alcançou um recorde histórico no primeiro trimestre deste ano, superando a marca dos US$ 20 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 14, pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil). No entanto, o aumento nas trocas comerciais ocorreu em meio a um contexto de tensões internacionais, principalmente por causa da imposição de tarifas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a produtos de diversos países, incluindo o Brasil.
Entre janeiro e março de 2025, o comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos cresceu significativamente, com um volume de US$ 20 bilhões.
Esse número representa um marco positivo para o setor, embora o país tenha registrado um novo déficit comercial, totalizando US$ 654 milhões.
Isso significa que o Brasil importou mais dos Estados Unidos do que exportou, o que reflete um desequilíbrio nas trocas comerciais.
Os principais produtos exportados pelo Brasil para os EUA continuam sendo commodities, como soja, petróleo, café e minério de ferro. Por outro lado, as importações brasileiras dos Estados Unidos incluem principalmente bens de consumo duráveis, produtos químicos e equipamentos eletrônicos, além de aço e alumínio, que também são afetados pelas tarifas impostas pelos EUA.
Esse recorde no comércio com os Estados Unidos é interpretado como um reflexo da forte demanda por produtos brasileiros, especialmente no setor de commodities. No entanto, o aumento nas importações em relação às exportações gerou um novo déficit, um desafio adicional para a balança comercial brasileira.
A Amcham Brasil, que realiza o monitoramento trimestral do comércio bilateral, destaca que as tensões comerciais, apesar de impactarem negativamente alguns setores, não impediram o crescimento nas trocas comerciais. A expectativa é que, mesmo com os desafios impostos pelas tarifas e pela balança comercial desfavorável, o comércio entre Brasil e Estados Unidos continue crescendo nos próximos meses.
A situação atual exige adaptação das empresas brasileiras, que precisam lidar com as oscilações no comércio internacional, bem como a necessidade de diversificação das exportações e redução das importações de produtos que dependem da alta carga tarifária.