O projeto World ID, que busca estabelecer uma identidade digital universal, está sob escrutínio na Alemanha e no Brasil por preocupações com a conformidade às leis de proteção de dados.
A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) do Brasil determinou que a Tools for Humanity (TFH), empresa responsável pelo World ID, pare imediatamente de oferecer criptomoedas ou qualquer tipo de compensação financeira em troca da coleta de dados biométricos. A decisão foi tomada após uma investigação iniciada em novembro de 2023, com a ANPD apontando preocupações sobre o impacto dos incentivos financeiros no consentimento das pessoas para fornecer informações sensíveis, como escaneamentos da íris.
O World ID utiliza tecnologia de leitura ocular desenvolvida pela TFH para criar um sistema de identidade digital universal. Além da preocupação com incentivos financeiros, a ANPD também destacou a irreversibilidade da coleta de dados biométricos e a impossibilidade de exclusão dessas informações após o envio. Segundo a legislação brasileira, o consentimento para o processamento de dados sensíveis deve ser livre e informado, sem qualquer influência indevida.
Segunddo a Digwatch, este não é o primeiro problema regulatório do World ID. Em dezembro de 2023, a autoridade de proteção de dados da Alemanha também impôs medidas corretivas ao projeto, exigindo que ele se adequasse ao Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia.
Enquanto isso, o valor do token nativo da World Network, WLF, sofreu uma forte queda, desvalorizando mais de 8% nas últimas 24 horas e acumulando uma queda de 83% desde seu pico em março de 2023.